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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Capitulo 26 - Você faria qualquer coisa, seria qualquer coisa que ela precisasse.

-Mas que droga, Jacob! -Disse meu pai, bravo.
-Pai... -Tentei falar mas ele não me deu ouvidos.
-Você disse que ia esperar. Esqueceu do combinado?
Espera... Combinado?
-Que... Que combinado?
-Ela é muito nova, Jacob. Qual o seu problema?! -Meu pai gritava e eu estava sem entender nada.
-Ela não é mais uma criança, Edward! -Agora Jacob também já estava alterado.
Meu pai chegou perto de Jacob, cerrou os dentes e as mãos ao lado do corpo e disse:
-Ela só tem sete anos!
-Chega! -Gritei. -Mas que coisa, dá para me explicarem o que está acontecendo? Eu estou aqui, droga!
Eles pararam. Jacob olhou para mim e depois para o meu pai.
Edward não tirava os olhos de Jacob e cuspiu as seguintes palavras:
-Jacob sofreu um imprinting por você.
Todo o meu corpo parou. Não sabia mais se estava respirando.
-Um... Um... -Eu não consegui falar absolutamente nada.
-Escuta, Renesmee. -Jacob se aproximou de mim. -Eu te amo. -Ele falou com aquela carinha que eu tanto amo... Mas nem isso adiantou.
-Não. -Eu disse, fria. Estava com raiva, estava triste... Estava me sentindo traída.
Jacob me olhou, parecia espantado.
O que ele achou? Que eu iria gostar de saber?
-Não, você não me ama. -Falei me afastando dele, com o mesmo tom de voz.
Olhei para meu pai que me olhava de um modo que eu não conseguia ler sua expressão.
-Me deixem em paz. -Falei mais baixo, e saí correndo.

Eu corri, corri por muito tempo. Chorando.
Perto da floresta, ainda na rua asfaltada onde passavam carros -mas não a essa hora da noite- ouço passos se aproximando e me viro.
Jacob.
-Se afaste. -Digo.
Ele não devia estar a um metro de distância.
-Renesmee. -Ele diz dando um passo a frente, e eu dou um passo atrás.
-Pare. -Digo erguendo a mão aberta.
-Por favor. Me deixa explicar.
-Explicar o que? Que você nunca me amou de verdade? Que é tudo uma farsa?
-Não é uma farsa. Nessie!
-Não! Não me chame assim! Não mais.
-Por favor.
-Vai embora, Jacob.
-Eu não vou.
-O que você quer me dizer, Jacob? Por favor, chega de mentiras. Por favor. -E eu já sentia-me engasgada com as lágrimas que estavam querendo voltar a sair.
Jake continuou em silêncio. Me dando um tempo. Eu havia voltado a chorar.
-Como... Como isso foi acontecer? Quando? Por quê você não me disse? -Perguntei entre soluços.
-Saber exatamente como aconteceu não vai melhorar as coisas agora.
-Mas eu quero saber. Você me deve isso.
Ele suspira e senta-se no chão. Não na parte asfaltada... Já na parte onde começava a floresta, na grama verde e no barro marrom escuro.
Ele bateu com a mão no chão ao seu lado e eu me sentei, passando a mão no rosto.
-Quando... -Ele suspirou. -Quando você nasceu, sua mãe morreu. Você sabe disso, não sabe? -Falou ele e eu concordei com a cabeça.
Sim, eu sabia.
-Então... Eu estava triste, com raiva... Achei que ela não ia sobreviver, achei que seu coração havia parado de bater e que não tinha como salvá-la. O veneno do seu pai não estava funcionando. E eu ia te matar. -Eu paralisei. Jacob fez uma pausa e respirou fundo. -Eu queria mata-la por ter tirado a vida de Bella. E... E então aconteceu.
''É como a gravidade. Toda a força dela muda. De repente não é maias a terra que te prende aqui. Você faria qualquer coisa, seria qualquer coisa que ela precisasse. Um amigo, um irmão, um protetor.''
Murmurei baixinho exatamente o que Jacob me dissera certa vez, quando eu o perguntei o que era um Imprinting.

Estávamos na praia, eu tinha uns 7 anos -mentalmente- o clima era o mesmo de sempre. Temperatura estável, um ventinho... E eu vi que outros lobos já haviam tido Imprinting, mas nunca soube exatamente o que era. E então pergunto:
-Jake, o que é um Imprinting?
E ele me respondeu, exatamente nessas palavras.

-Imprinting não é amor, Jacob. É uma prisão. -Digo.
Ele me olha assustado.
-Não é, Renesmee.
-Se isso não tivesse acontecido eu estaria morta, agora. -Digo me levantando e limpando a calça na minha bunda. -Vai embora daqui, me deixa sozinha. Por favor.
Ele se levanta e faz o mesmo que eu. Me olha com aquela carinha de cachorro sem dono que me parte o coração e diz:
-Tudo o que você precisar, lembra?
Puxo os lábios para dentro de minha boca e concordo com a cabeça duas vezes, devagar.
Ele parte e eu volto para a floresta.

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